Não tenho escrito muito.
Por opção, por não querer dizer sempre as mesmas palavras, porque me tenho virado para outras coisas. E pessoas.
Descarregar nas pessoas sabe um bem danado. E eu, como humana que sou, tenho usado essa almofada. E descarrego.
Esta minha mágoa tolda-me muitas vezes a razão. É uma revolta de quem se sente traído pela vida.
Não posso pensar muito nela, nem deixar que tome conta de mim.
Realmente, vejo os problemas à minha volta, e o que tenho eu? Dores de cabeça. Não passam de dores de cabeça. Mas são minhas. Mais ninguém as sente. E neste meu pequeno mundo, as minhas dores de cabeça, a minha mágoa e a minha revolta são muito significantes. Para mim. Essa é a batalha que travo todos os dias.
Compadeço-me (e muito), com as dores de cabeça dos outros, com os problemas do mundo gigante.
Mas no meu pequeno mundo, sinto eu. E aquilo que eu sinto, mais ninguém vai entender.