Há qualquer coisa de incrível nos primeiros filhos de amigos. Olhamos para eles, que conhecemos há que tempos de outras andanças, e de repente vemo-los com uma criaturazinha no colo, tão frágil como um ovo, pequenina e dependente. De repente já não são os malucos que conhecemos, as bebedeiras que apanhámos parecem distantes e eles ficam subitamente crescidos e responsáveis e isso é giro. E a criaturazinha pequenina e frágil como um ovo passa para os nossos braços e é um momento solene, em que olhamos para ela e lhe dizemos que vai tudo correr bem e que um dia será uma bela pessoa. E as mãozinhas, e os olhinhos, o cheiro a bebé, o corpinho minúsculo deitado nos nossos braços, e nós a pensar caramba, eles agora são pais, como é que isto aconteceu? E depois deixamo-nos de lamechices e passamos directamente à parte em que devassamos a vida da criança, adivinhando com que idade vai começar a sair à noite, a namorar, a vestir mini-saias, a fumar e a beber. O olhar de terror dos recém pais é impagável. :)
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