Ainda não tinha percebido bem que no sábado é véspera de Natal.
Ainda por cima, quando este ano temos o 24 e 25 de Dezembro a calharem num fim-de-semana.
A minha mãe liga-me e começa toda uma enxurrada de perguntas típicas sobre comidas, doces, bebidas... o que comprar, o que já comprou... se já tenho abóbora, se faço eu os sonhos ou o pão de Ló... os frutos secos, etc, etc... Confesso que desliguei a meio. Voltei à conversa quando oiço um "ok?".
Sim, ok! Como quiseres. Falamos melhor sobre isso na... 6ªfeira?!
Eu que já ando a planear e a preparar trabalho para a próxima semana, nem dou bem conta que pelo meio temos um fim-de-semana e que por acaso, acontece que é Natal.
Mas... o espírito da coisa vai entrar em mim. Vai! Até porque este ano tenho a C comigo e ando deliciada com as conversas dela sobre o Pai Natal.
Acho deliciosa esta inocência das crianças. Até eu queria acreditar no Pai Natal.
Ao que parece, a C combinou com alguns amiguinhos da escola que bolachas deixar ao Pai Natal para quando este vier deixar os presentes.
"Não podemos deixar todos bolachas iguais. Se uns deixam (bolachas) Maria, outros deixam de chocolate... entendes mamã?"
"Podemos deixar um copo de leite mas também podemos deixar um pacote de Bongo. Daquele... de muitos frutos. Pode ser mamã?"
Pode, claro! Pode tudo para que ela não perca essa fantasia tão boa.