Tomo frequentemente as dores de muitas pessoas à minha volta como se fossem minhas.
Não encaro isto propriamente como algo bom. Poderia ajudar, ser útil, sem ter eu também de sofrer com isso. Mas são as dores dos meus. Do meu núcleo.
Existem duas ou três pessoas, cujas dores me tiram o sono e a fome, como se fossem minhas.
Talvez mais que duas ou três.
E depois há esta pessoa. Que é como se tivesse saído de mim. Como se fosse um filho.
Hoje chorei copiosamente depois de falar com ele. Desligamos o telefone e caí no sofá como se a dor dele fosse minha. Porque queria tanto protegê-lo do mundo. Como quero proteger a minha filha.
Isto de trazer o mundo às costas e não nos conseguirmos abstrair e esquecer o coração, é lixado.
Mesmo. Com "F" bem grande.
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