20 dezembro 2015

Bolas!

Este meu coração, tão presente e tão sonhador, é óptimo a pregar-me partidas. A fazer-me lembrar e a sentir o que não quero. O que tento, todos os dias, esquecer. Peço-lhe vezes sem conta, que cresça, que não se iluda, que queira apenas o que me faz bem e que não lute conta mim, contra a minha a minha razão. 
Mas ele, rebelde e independente, sempre a bater-me fora do peito, como se não me pertencesse, não quer saber. Sente o que quer. Como quer. Vive de amor. E só o amor lhe importa. O que tem lá dentro. Tão cheio. A rebentar. Como se o tivesse experimentado agora pela primeira vez. 



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