A Carlota é completamente viciada na chucha. É uma necessidade tão grande, uma dependência tal, que dorme com a cama cheia de chuchas, passa a noite a trocar de chucha, mesmo a dormir, sempre com uma na boca e uma em cada mão. Quando estamos para sair de casa vai sempre arrumá-las todas na cama e despede-de delas com um "até logo chuchas". Todos os dias, antes de sair de casa, tenho o ritual da chucha: escolher qual a sortuda que vai com ela para a escola... A C fala com as chuchas e lá chegam a um entendimento... Ou seja, sempre soube que ia ter um problema quando tivesse que intervir na largada da chucha, ainda que não defenda que se faça "à bruta". Cada criança tem o seu tempo, o seu momento.
Tentámos no Verão, sem sucesso. Todos os dias a C ia dar a chucha aos peixinhos (dito por ela), mas chegada a hora, ficava sempre para o dia seguinte...
Depois, e com todas as alterações cá em casa, achei que ela não estaria a precisar de mais nada que a deixasse nervosa, muito pelo contrário. Todo o mimo e conforto eram poucos.
Entretanto lá na escola começaram a incentivar os meninos com chucha a oferecê-la ao Pai Natal e ideia que agradou à C.
Fui falando no assunto com ela. Como tem muitas e sei que não abdicaria de todas de uma só vez, arranjei um incentivo. Até ao Natal a C vai pendurando as chuchas na árvore e o Pai Natal ao ver o esforço dela, vai passando cá em casa e deixa sempre um presente. Já trocou chuchas por rebuçados, um chocolate e uma coroa de princesa... Na semana passada na festa de Natal da escola, deu por iniciativa dela, sem a educadora estar à espera, a chucha que tinha na boca (!!!) ao Pai Natal. Sobra uma. Uma única chucha. Que será trocada na noite de Natal pelos presentes que pediu ao Pai Natal...
Até eu estou nervosa. Vamos lá ver como corre.
(e cheia de pena de vê-la largar o que lhe resta de bebé... e o que eu adoro vê-la de chucha... Gosto mesmo!)